quarta-feira, 28 de abril de 2010

Moda Na Decada De 1920


Após a primeira guerra mundial, o mundo sente a necessidade de celebrar a vida e a juventude, que pela primeira vez, vai dar o tom.
E para atender as exigências estéticas da nova década, o corpo atlético e magro é o cânone, nem por todas atingido.
A nova beleza é a androginia, o que vai desencadear uma busca sôfrega pela magreza.
A fome é aliviada por doses massivas de nicotina, ópium, jazz e charleston.
É oficialmente inaugurada a época dos espores, do banho de mar e da liberdade.
Para estar na moda é preciso ser chocante.
Os cabelos são cortados curtos pela primeira vez.
As bainhas sobem vertiginosamente para permitir a mulher andar de metrô, ir para o trabalho e dançar freneticamente até o raio do dia.
A cintura cai nos quadris.
Os seios desaparecem para que a mulher se transforme na "Garçonne" do "The Great Gatsby".
A época não deixa lugar à nenhuma hesitação e a ordem é aproveitar a vida e ser jovem para sempre.
Desses tempos, a imagem da velhice e da deselegância foi varrida propositadamente, num estranho truque de cartola, e somente o brilho de uma geração bela e privilegiada nos foi legado em clichês.
A era conhecida como "Les années folles" parece não ter tido limites na busca do prazer e da insolência.
Mas de tão exuberante, foi fugaz, pois um leviatã de proporções escandalosas se preparava para, uma vez mais, mudar as coisas por aqui... e o crash da bolsa de valores de 24 de Outubro de 1929 precipitou a economia numa recessão sem precedentes e sacudiu o mundo do torpor causado pelo ópium e pelo excesso de audácia.

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